
Quero saber daquele que ri, que chora, que contabiliza alegrias, que constrói relações, que faz poesia e traz a beleza da arte, dos corações, das relações...
Quero saber daquele que se preocupa com os outros, que ama incondicionalmente, que amplia possibilidades, que estimula os sentidos, curte os bons momentos e provoca outros bons momentos.
Quero saber daquele que atualiza seu passado em cada presente que vive; que mantém o sonho vivo e o transforma em ato; que mantém o simplifica o complicado, que convive com os opostos, com as polaridades.
Quero saber daquele que soma, que agrega, que vive, que "perde" tempo com o belo, com o híbrido com o aparentemente inaudível, com o aparentemente invisível, com o amplamente implícito.
Quero saber daquele que se compadece com o sofrimento alheio e desenvolve ações sinceras e comprometidas em contribuir para o bem-estar dos outros.
Quero saber daquele que tem uma percepção ética e desenvolve as qualidades do espírito humano tais como o amor, a compaixão, a tolerância, a paciência, a responsabilidade para si mesmo e para os outros.
Quero saber daquele que se apercebe de suas limitações e que busca vencê-las sem desqualificar nem prejudicar ninguém e aprende que tem uma capacidade inata de empatia que segundo sua Santidade e o Dalai Lama, é a fonte da mais preciosa de todas as qualidades humanas, em tibetano chamado Nying je (compaixão, amor).
Esse ser humano existe, só precisamos aguçar nossos olhos para percebe-lo e nos juntar a eles apesar de muitas vezes a realidade nos mostrar o contrário. Afinal somos também capazes de manifestar crueldade e ódio.
Mas justo por isso temos de lutar para melhorar nossa conduta. Por isso acredito ainda na humanidade.
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